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Valeu a pena- reflexão sobre a melhor fase da minha vida

Olá minhas amigas e amigos leitores, que saudades!! Odeio quando sinto que o blog está abandonado, me perdoem! Eu amo tudo isso aqui, e sinto saudades de vocês… Mas quem me acompanha desde o início sabe que o blog sempre fica um pouco largadinho quando começo em um emprego novo, fico nervosa, estressada, minha vida fica uma bangunça e acabo me afastando do blog até conseguir pôr a vida em ordem. E é bem assim que estou agora, me adaptando à rotina nova, ao trabalho novo, tentando dar conta de tudo, controlando bem o tempo pra dar atenção pros meninos, marido (que tá de pé quebrado há 1 mês e tomando muito a minha atenção!), e a casa… que aliás está uma bagunça!!! Esqueçam a Nádia blogueira sobre organização, a realidade agora é outra. Minha casa tá uma bagunça só, não estou dando conta de nada!! Mas não quer dizer que o blog não seja importante pra mim, ele é e muito! E agora que estou pegando o tranco já vou voltar com as postagens normais, duas vezes por semana.

Em breve venho postar as fotos do último mês que foi cheio de acontecimentos… E em breve venho fazer o lançamento do meu segundo blog, o Mãe Adventista, que já está pronto e era pra ser lançado em fevereiro, mas acabei não tendo tempo pra isso!

Bom gente, mas ainda com tanto assunto pra pôr em dia com vocês, eu decidi tirar o dia de hoje pra fazer um post bem de mãe coruja, pois são os meus posts preferidos. Fevereiro e março são os meses dos aniversários aqui em casa. O Allan completou 10 anos no mês passado e agora o Pedro completou 6 anos. Que absurdo! Como pode meus meninos estarem tão grandes!!!!! Pára tudo que eu quero descer! Esse negócio de filho crescido demais não é pra mim, quero meus meninos pequeninhos pra sempre!


Eu morro de saudades de quando meus filhotes eram pequeninhos, e quando chegam os aniversários eu fico toda melancólica e saudosa… Mas acho que isso é uma coisa boa, é sinal de que aproveitamos muito bem a primeira infância deles. E é sobre isso que vim falar hoje. Ultimamente tenho pensado muito sobre como passou rápido e como aproveitamos bem a primeira fase da vida do Allan e do Pedro. Pra mim é muito claro que a melhor fase de toda a minha vida foi quando os meninos eram pequeninhos, bebês, e eu vivia só pra cuidar deles. Como era bom!!! Que tempo maravilhoso que não volta mais… Sou muito grata por ter ficado bastante tempo em casa com meus filhos, por não ter apressado as coisas e não ter atropelado a primeira infância deles. Pude curtir mesmo, cada momento. E hoje vejo o quanto foi importante criar esse vínculo forte com eles. Isso influencia muito a nossa relação  de agora, que eles estão grandes e independentes. Ainda temos um laço muito forte, porque foi construído lá no início. 


Agora que estou trabalhando como professora de bebês, na turma do berçário, noto o quanto essa fase é imprescindível e delicada. É nessa fase que tudo acontece, é o começo de tudo, a base que vai fundamentar todo o futuro da criança. Tenho notado aqui no Canadá o quanto as mães são desprendidas de seus filhos, elas não querem amamentar, elas não querem dar colo, abraços e beijos, pra não mimar demais, elas não querem ficar muito tempo em casa com os filhos, mesmo tendo 1 ano de licença maternidade elas escolhem voltar a trabalhar e mandam os babys pra creche com 5 mesinhos de idade, por opção! Isso me corta o coração, e como professora e mãe brasileira eu encho aquelas crianças de colo, abraço, afeto, carinho e amor! Trato eles como eu tratava os meus filhos, quando eram pequenos. Num dia desses eu estava conversando com uma mãe, que acabou de sair de sua licença maternidade e está com dor no coração de deixar seu filho de 1 aninho na minha turma, ela é uma das raras mães que encontro aqui que gostariam de ficar mais tempo em casa. Eu estava falando pra ela que fiquei muitos anos com meus filhos em casa, e que foi a melhor fase da minha vida, e ela disse "você teve sorte de poder ter ficado com eles". E essa frase ficou martelando a minha mente por vários dias desde então…

Eu cheguei à conclusão de que não tive sorte de ter ficado tanto tempo em casa com os meus filhos. Eu não posso chamar isso de sorte, e sim de uma escolha que fiz. Eu escolhi ficar em casa cuidando dos meus filhos o máximo que pude. Eu escolhi entrar mais tarde na faculdade, eu escolhi deixar minha carreira estacionada por um tempo, e me dedicar 100% à maternidade. Eu escolhi meus filhos em lugar ao dinheiro, e não foi fácil, mas valeu a pena. A primeira infância dos nossos filhos foi a fase mais pobre de dinheiro. O nosso dinheiro sempre foi contado, tínhamos o que precisávamos, nunca sobrava nada. Não podíamos gastar com supérfluos, o que entrava já tinha uma saída e estávamos sempre apertados. Eu criei meus bebês sem poder comprar roupinhas pra eles, e nunca fiz enxoval como gostaria. Até os 4 anos de idade, mais ou menos, o Allan tinha as roupas todas dadas de presente da família ou recicladas de primos e amigos. Quando os calçados não serviam mais eu pedia pros avós um tênis novo, a cada inverno uma avó comprava o casaco novo, e assim por diante. E quando o Pedro chegou, usou todas as roupas que foram do irmão. Eu não saía pra comprar roupas novas pros meus filhos, pois não tinha dinheiro pra isso. E isso não importava. Eles sempre se vestiam muito bem, nunca faltou nada e eu nunca senti falta disso. Também não comprávamos brinquedos pra eles, não tínhamos TV a cabo e aparelhos eletrônicos de última geração. Férias em família eram os vovôs que patrocinavam, nós realmente não tínhamos dinheiro pra todas essas coisas. Mas esses foram os melhores anos da nossa vida! Foi a época mais feliz! Hoje temos muito mais, mas passamos menos tempo juntos. Ficamos correndo atrás das roupas, dos brinquedos, dos passeios, dos aparelhos eletrônicos e tudo isso só nos afasta, e não nos traz felicidade.


Não estou dizendo que não somos mais felizes, é claro que somos, e vocês sabem disso. Mas vejo que éramos muito mais, porque estávamos sempre juntos. E com certeza o dinheiro que deixei de ganhar por aqueles anos que não trabalhei, não fizeram a menor diferença. Eu era presente 100% na vida dos meus filhos, e isso sim fez toda a diferença. Essa história de que tempo de qualidade é melhor do que quantidade é desculpa pra quem não pode (ou não quer) passar mais tempo com seus filhos, pois se tratando de educação e criação de filhos os pais precisam dedicar tempo sim, em grande quantidade!

Hoje nem é mais tempo de estar 100% junto com meus filhos, eles cresceram e precisam da independência. Com o passar do tempo vão precisando menos da mãe, e querer segurar eles é doentio. Mas vejo o quanto foi importante e bom ter estado 100% presente no momento certo. Na primeira infância (de 0 a 4 anos) o que uma criança mais precisa é da mãe. Não é socializar, não é de amiguinhos da escolinha, não é das atividades educativas e escolares, não é do dinheiro dos pais, não é de roupas lindas e brinquedos. Eles precisam da mãe. Da presença constante e da dedicação da mãe. E por eu ter feito isso tenho hoje uma relação muito boa com meus filhos, mesmo nessa fase em que estamos nos desprendendo e passando menos tempo juntos.

Fiquei com vontade de dizer tudo isso pra aquela mãe, que estava indecisa se havia feito certo em largar seu filho na escola pra voltar a trabalhar. Fiquei com vontade de dizer que não tive sorte, mas que escolhi trocar o dinheiro extra do meu emprego pra ficar com meus filhos. E nunca sentimos falta de nenhum centavo que deixei de ganhar. Mas cada hora passada em casa, com eles, fez a diferença. Todos nós sabemos disso, tanto eu quanto os meninos e o pai.

Eu não estou falando isso pra julgar as mães que decidem voltar a trabalhar por vontade própria. E não estou dizendo que eu sou a mãe certa nessa história. Estou dizendo tudo isso pra encorajar as que pensam como eu, as que querem ficar em casa com os filhos e ficam se perguntando se não valeria a pena trocar tudo pra voltar a trabalhar. Se você está passando por isso nesse momento, ouça a opinião dessa mãe que está um passo à frente, no seu futuro, que já passou por tudo isso e hoje vê o quanto valeu a pena.

Vale a pena todas as noites em claro, amamentando seu filho. 
As olheiras vão passar. O cansaço vai embora e as energias se renovam. 
Uma hora você voltará a dormir a noite inteira e nada do que passou vai importar mais.
Não faça disso um martírio. 
Não fique reclamando! 
Curta muito esse momento que passa voando e você nunca mais terá de volta. Esse momento é fundamental na vida do seu filho. Esse vínculo que você constrói a cada mamada é o vínculo que ficará por toda a vida, mesmo que eles fiquem grandes.

Não reclame da bagunça da casa. Não reclame por não ter tempo pra você. Não reclame por estar "só em casa" ou porque a sociedade não lhe dá seu valor. Pare de reclamar e curta esse momento com seu filho. É só isso o que importa agora, vocês dois (ou três, ou quatro)… Agora é o tempo pra vocês. Agora é o tempo de se dedicar pro seu filho.


Eu sobrevivi a esse período e hoje sinto muita saudade. Como gostaria de voltar no tempo e curtir novamente cada dia desses que eu reclamava tanto.

Valeu a pena sim, foram os anos mais felizes da nossa vida e hoje somos uma família unida porque foi assim que tudo começou. Estou aceitando e me conformando com o crescimento acelerado dos meus filhos, estou orgulhosa por ser mãe de meninos grandes e estamos curtindo as novidades de cada fase da vida deles. Mas eu deixo aqui pra vocês esse meu pedido, de que curtam muito a primeira infância de seus filhos que passa voando e não volta nunca mais. 


Parabéns Allan e Pedro por já serem meninos grandes!!! A mami ama muito vocês!!!

No próximo post venho com as fotos do aniversário do Pedro que aconteceu nesse domingo, e também com as entrevistas de aniversário, que são tradição aqui no blog.

Beijos, e até logo mais...



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